Data: 01-11-2011
Criterio: B1ab(iii)+2ab(iii)
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG: Marcelo
Especialista(s):
Justificativa
Cambessedesia gracilis é endêmica do estado da Bahia. A espécie ocorre na Chapada Diamantina, mais precisamente em três diferentes situações de ameaça: nos Campos Rupestres do município de Andaraí (Campo do Queiroz, Campo de Ouro Fino e Serra do Bicota); no município de Rio de Contas (Serra do Porco Gordo, Serra da Mesa e Serra do Porco Gordo) e no município de Água Quente (Pico das Almas). Com EOO menor que 5.000 Km², a espécie está sujeita a declínio constante da qualidade de habitat, devido a sobre pastejo e impactos negativos do turismo. Por estas razões, Cambessedesia gracilis foi considerada Em Perigo (EN).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Cambessedesia gracilis Wurdack;
Família: Melastomataceae
Cambessedesia gracilis apresenta variação da forma das folhas. Tal variação foi evidenciada quando se reuniu todo material desta coleção, inclusive o holótipo deste táxon. Esta espécie é tradicionalmente reconhecida pelas folhas filiformes, entretanto, verificou-se que se observarmos alguns indivíduos isoladamente não hesitaríamos em tratá-los como táxons distintos. As coletas Ganev 220 e 221 demonstram claramente que, em uma mesma localidade (Catolés) podemos encontrar indivíduos com folhas filiformes e com folhas oval-lanceoladas, sendo esta última, presente no holótipo destaespécie (Rodrigues, 2009).
Segundo a Flora do Brasil (Martins; Bernardo, 2010), a espécie é endêmica da Bahia, na Chapada Diamantina, mais precisamente nos campos rupestres de Andaraí (Campo do Queiroz, Campo de Ouro Fino e Serra do Bicota), Rio de Contas (Serra do Porco Gordo, Serra da Mesa e Serra do Porco Gordo) e de Água Quente (Pico das Almas; Rodrigues, 2009).
Essa espécie ocorre na Caatinga (Martins; Bernardo, 2010), ocorrendo em solos pedregosos, úmidos, especialmente próximos a afloramentos rochosos (Rodrigues, 2009). Flores e frutos são encontrados de Março a Agosto, com pico de floração provavelmente entre os meses de Maio a Julho (Rodrigues, 2009).
1.1 Agriculture
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
A espécie encontra-se em uma microrregião que concentra cinco agroindústrias de beneficiamento de cachaça (quatro no município de Abaíra e uma no município de Rio de Contas), o que configura uma ameaça à espécies, comprometendo a qualidade de seu habitat (Santos Sales; Silva, 2008).
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Deficiente de dados (DD). Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.
- ANGELA BORGES MARTINS. Revisão Taxonômica do Gênero Cambessedesia DC. (Melastomataceae). Dissertação de Mestrado. Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 1984.
- KARINA FIDANZA RODRIGUES. Estudos Taxonômicos em Cambessedesia DC. (Melastomataceae). Tese de Doutorado. Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 2009.
- MARTINS, A.B.; BERNARDO, K.F.R. Cambessedesia in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB009432>. Acesso em: 3/5/2012.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
CNCFlora. Cambessedesia gracilis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Cambessedesia gracilis
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 01/11/2011 - 16:03:34